O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abordou nesta quarta-feira (19) o incidente de hostilização contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O líder do Executivo enfatizou que os agressores são "animais selvagens" e destacou a necessidade de responsabilizar aqueles que propagam o ódio.
"Nós precisamos punir severamente aqueles que ainda propagam o ódio, como o indivíduo que agrediu o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma. Um indivíduo como esse é um animal selvagem, não um ser humano", disse Lula durante coletiva de imprensa nesta madrugada em Bruxelas, capital da Bélgica.
O presidente também ressaltou que a oposição é legítima, porém, a agressão, os xingamentos e a falta de respeito não serão tolerados. Ele enfatizou a importância de alcançar uma sociedade mais harmoniosa, repudiando veementemente as práticas neofascistas no Brasil e destacando a necessidade de repreendê-las para que a civilidade prevaleça.
Lula afirmou que, após retornar ao Brasil, buscará estabelecer um "acordo maduro" visando assegurar a tranquilidade no Congresso Nacional. Sua chegada em Brasília está prevista para esta quarta-feira às 18h30, após uma reunião em Cabo Verde com o presidente do país, José Maria Neves.
ENTENDA O CASO
Na última sexta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, relatou ter sido alvo de hostilização no Aeroporto de Roma, na Itália. Enquanto aguardava seu voo, brasileiros o abordaram e proferiram ofensas. A confusão teria começado quando Andréia Mantovani chamou Moraes de "bandido, comunista e comprado". Logo em seguida, Roberto Mantovani Filho teria agredido fisicamente o filho do ministro, desferindo um tapa em seu rosto. Após a agressão, o casal e o genro, Alex Zanatta Bignotto, prosseguiram com os xingamentos.
A Polícia Federal conduziu mandados de busca e apreensão em dois domicílios do empresário Roberto Mantovani Filho, sua esposa, Andréia Mantovani, e também do genro do casal, Alex Zanatta. A operação ocorreu na cidade de Santa Bárbara d'Oeste, localizada no interior de São Paulo. O trio é alvo de suspeitas relacionadas a crimes de injúria, perseguição e desacato contra o ministro e sua família.
Roberto, Andreia e Alex já prestaram depoimento à Polícia Federal e negaram ter agredido Moraes. O casal confirmou que houve um 'empurrão' por parte de Roberto no filho do magistrado para defender a esposa, segundo a defesa.
(Com informações do Portal iG)