O Ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, declarou que a suspeita de pagamentos em dinheiro vivo de despesas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, divulgada hoje, segue o "mesmo modus operandi" dos casos suspeitos de rachadinha envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz.
Diálogos entre o tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e assessoras de Michelle revelam a existência de uma orientação para o pagamento em dinheiro vivo de despesas da ex-primeira-dama.
A preocupação de Cid, preso por suspeita de fraude de cartão de vacina de Bolsonaro, era que a prática fosse caracterizada como um esquema de rachadinha, porque não havia a comprovação da origem dos recursos. As conversas foram realizadas por meio de áudios enviados por um aplicativo de diálogos.
Pimenta afirmou que "Queiroz foi substituído por Cid". O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), primogênito do ex-presidente, foi pivô do caso das rachadinhas, revelado em 2020. "É o mesmo modus operandi desde sempre. Queiroz foi substituído por Cid, não tenho dúvidas e sempre afirmei isso".
Para o ministro, "com certeza" ainda há mais descobertas a serem feitas sobre a família do ex-presidente. "Logo, logo, toda a verdade virá a tona", completou o ministro, em seu Twitter.