Na última quarta-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a mobilização das Forças Armadas por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em cinco estados. Essa decisão só avançou após a atuação interna do ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino (PSB-MA).
Inicialmente receoso em assinar o decreto para estabelecer a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e reforçar o papel dos militares na segurança pública, o presidente expressou preocupações sobre a possibilidade de atritos entre militares e civis afetarem a administração do governo federal, especialmente em áreas urbanas e favelas.
Entretanto, Dino apresentou uma perspectiva que alterou a visão de Lula em relação à GLO. Dino sugeriu que a medida poderia ser implementada de forma segmentada, focando apenas em áreas específicas do território estadual, evitando a necessidade de uma aplicação ampla. Quando essa proposta foi apresentada ao presidente, ele concordou com a implementação da GLO, destacando que a União já tem a responsabilidade de fiscalizar áreas cruciais, como portos, aeroportos e fronteiras.
A decisão resultou no reforço militar em pontos estratégicos, com destaque para a atuação nos aeroportos de Guarulhos e do Galeão, bem como nos portos de Santos e Itaguaí. Além disso, os estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul terão presença militar reforçada em suas fronteiras.
Ao todo, está prevista a mobilização de 3,7 mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica na execução da GLO. Essa medida estratégica visa fortalecer a segurança nacional sem impactar adversamente as comunidades locais, concentrando-se em áreas de importância vital para o controle e fiscalização do governo federal.
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