Ao MeioNorte na terça-feira, 28 de novembro, o presidente da Investe Piauí, Victor Hugo Almeida respondeu aos questionamentos sobre a vantagem do projeto de hidrogênio verde piauiense no comparativo com o do vizinho, Ceará, tendo em vista que a União Européia escolheu o Piauí para abrigar os investimentos iniciais do setor no país.
De acordo com o líder, o Piauí se destaca como um ambiente propício para a produção de hidrogênio verde, impulsionando sua posição como um grande gerador de energias renováveis. Com 70% do custo da produção de hidrogênio associado à energia, o estado capitaliza em suas condições favoráveis, incluindo água abundante, facilidades na zona de processamento de exportação e atrativos incentivos fiscais.
Victor Hugo admite que o Ceará também possui excelentes condições, no entanto, precisa realizar o processo de dessalinização da água.
"O Piauí se destaca porque ele reúne sol, vento e água em abundância numa região que dispõe também de uma ZPE que desonera esse investimento. Qual é a desvantagem do Ceará? O Ceará também é um local muito competitivo para a produção de hidrogênio. Mas o que nos diferencia em relação ao Ceará? A água. Então o estado do Piauí, a ZPE, ela é abastecida ao lado da ZPE passa o rio Igarassú, então nós temos água em abundância", explicou Victor Hugo Almeida, comparando a vantagem estratégica do Piauí em relação ao Ceará.
A dessalinização da água torna o projeto do Ceará mais caro do que o capitaneado pelo Piauí.
Na última semana, após o anúncio dos investimentos da Europa em solo piauiense, o deputado estadual cearense Felipe Mota (União Brasil) chamou a atenção da gestão do governador Elmano de Freitas (PT), sinalizando que ele teria levado uma 'rasteira'.
“Fomos golpeados pelo Governo Federal, que, em acordo com a União Europeia, colocou à disposição do Piauí dois bilhões de euros para o hidrogênio verde. E o Ceará, que se dizia na vanguarda desse processo, tomou uma rasteira”, cravou.