Ministros do núcleo duro do governo Lula (PT) expressaram surpresa diante de um detalhe observado na mais recente operação da Polícia Federal (PF) contra Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares: a ausência de parlamentares bolsonaristas na lista de alvos. Em conversas reservadas, auxiliares do atual presidente da República destacaram a peculiaridade da operação realizada na quinta-feira (8), que não atingiu nenhum membro do Congresso ligado a Bolsonaro.
A percepção no Palácio do Planalto é que a PF, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), poderá realizar uma nova fase da Operação Tempus Veritatis, desta vez focando exclusivamente em deputados federais e senadores bolsonaristas. Na operação de ontem, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido, e o ex-presidente foi proibido de manter contato com outros investigados, inclusive por meio de advogados.
A ação da PF incluiu buscas na residência de ex-ministros e aliados de Bolsonaro, além da sede do Partido Liberal (PL). Dois ex-assessores do ex-presidente, Filipe Martins e Marcelo Câmara, foram detidos. A investigação apura uma suposta organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Embora, nas últimas semanas, parlamentares bolsonaristas tenham sido alvo de operações da PF em investigações separadas, a ausência de membros do Congresso na ação mais recente gerou especulações sobre possíveis desdobramentos e novas fases da Tempus Veritatis. Entre os parlamentares recentemente investigados estão Alexandre Ramagem e Carlos Jordy, ambos do Partido Liberal do Rio de Janeiro.
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