VÍDEO! Acusado de mandar matar filha de deputado chorou durante o velório

A Polícia concluiu que o crime foi motivado pelo ciúme doentio de Romero, que não aceitava o término do relacionamento.

Raquel Cattani na Assembleia em maio. No detalhe, o pai e o ex-marido, Romero Xavier (de azul), no velório. | Gilberto Leite ALMT / Reprodução vídeo Luísa Câmara rede X
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Romero Xavier, preso nesta quarta-feira (24) pela Polícia Civil do Mato Grosso sob a acusação de ser o mandante do assassinato de sua ex-esposa, a produtora rural Raquel Cattani, foi visto chorando no velório realizado no sábado (20). A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, estava entre os presentes na cerimônia.

De acordo com os investigadores, Romero teria contratado seu próprio irmão, Rodrigo Xavier, para cometer o crime. Rodrigo esfaqueou Raquel 34 vezes no sítio onde ela vivia, no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá.

Romero Xavier foi interrogado pela polícia depois de chegar à cena do crime com os filhos do casal – um menino de 6 anos e uma menina de 3 anos – durante a perícia. Gilberto Cattani, sogro de Romero, utilizou as redes sociais para defender o ex-genro em meio às especulações sobre sua responsabilidade no crime.

Leia Mais

"O marido da Raquel não foi preso nem confessou crime algum e nem eu matei minha filha como foi noticiado. Tenham pelo menos respeito à dor alheia seus desgraçados", escreveu o deputado às 14h56 do sábado (20) na rede X.

Nas imagens divulgadas pelo site RDNews, Romero Xavier é visto usando uma camiseta azul, sendo consolado por uma mulher enquanto o sogro, Gilberto, está ao lado.

A polícia revelou que Raquel foi ameaçada de morte por Romero quatro dias antes do assassinato, caso ela não reatasse o casamento. Uma testemunha relatou que Romero disse a Raquel que “se ela não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém”. Por medo, Raquel estava instalando câmeras de segurança no sítio onde morava, localizado em uma área isolada.

Antes de serem presos, Romero e Rodrigo tentaram desviar a atenção da investigação com especulações sobre o envolvimento do crime organizado, sugerindo que "o atual governo federal firmou um vínculo eleitoral com os presídios", propagando notícias falsas associadas ao clã Bolsonaro. Entretanto, a polícia concluiu que o crime foi motivado pelo ciúme doentio de Romero, que não aceitava o término do relacionamento. 

Romero transportou Rodrigo até o local do crime e o escondeu nas proximidades. No dia do assassinato, Romero foi a uma boate e fez um churrasco para criar um álibi. Enquanto isso, Rodrigo esperou Raquel chegar ao sítio e a atacou com 34 facadas. Após o crime, ele revirou a casa e levou uma moto para simular um latrocínio.

“Questionamos por que alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta. Tal evidência sugeriu que aquele televisor foi deixado de forma proposital para fora da casa com o intuito de complicar a investigação”, afirmou o delegado Edmundo Félix.

A produtora rural Raquel Cattani, de 26 anos, foi encontrada morta na manhã de sexta-feira (19) com ferimentos de faca no sítio onde morava. Ela havia sido premiada no 3º Mundial do Queijo, em São Paulo, neste ano. A perícia identificou 34 lesões de faca, algumas superficiais e outras profundas, indicando que Raquel tentou se defender.

Os investigadores concluíram que a casa foi propositalmente revirada para simular um latrocínio. Amostras de DNA e digitais coletadas no local confirmaram o envolvimento do cunhado, Rodrigo Xavier.

Raquel foi sepultada no sábado (20) no Cemitério Jardim da Paz, em Lucas do Rio Verde, no norte do estado, com a presença de Michelle Bolsonaro na cerimônia.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES