Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União Brasil-PR) estavam sentados na mesma fileira do plenário, separados por uma cadeira. O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneceu praticamente impassível, fixando o olhar em um dos painéis do plenário. Por outro lado, Moro trocou breves cochichos com o colega ao lado e esboçou um sorriso discreto.
Dino conquistou 47 votos a favor e 31 contra, com duas abstenções, ultrapassando o mínimo necessário de 41 votos. Desde a redemocratização, apenas André Mendonça, indicado por Bolsonaro, havia recebido mais votos contrários (32) do que Dino (31). Na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o indicado pelo presidente Lula obteve 17 votos favoráveis e 10 contrários à sua nomeação.
Um momento inusitado ocorreu durante a sabatina quando Moro cumprimentou Dino na CCJ, sorrindo com uma brincadeira feita pelo ministro. Durante o discurso, Moro reclamou de críticas recebidas nas redes sociais por ter sido fotografado rindo com o indicado pelo presidente Lula. Moro destacou suas diferenças com o atual governo, mas reforçou a importância da civilidade para reduzir a polarização no país.
Em outra passagem, o senador Flávio Bolsonaro revelou que seu pai considerou indicá-lo para a vaga do STF ocupada posteriormente por André Mendonça, em 2021. Flávio, porém, afirmou ter demovido o pai da ideia ao destacar sua natureza política em detrimento de uma abordagem técnica.
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