Wassef busca pôr as mãos em inquérito do STF que pode condená-lo à prisão

A ação investiga o envolvimento do advogado em organização criminosa de milícia digital

Advogado Frederick Wassef | Sergio Lima/AFP
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O advogado Frederick Wassef, conhecido por defender judicialmente a família Bolsonaro, formalizou um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) visando à obtenção dos registros do denominado inquérito das milícias digitais, no qual é alvo de investigação.

A equipe de defesa de Wassef argumenta que é essencial "identificar os elementos dos autos sobre os quais Wassef poderá se manifestar" durante seu depoimento à Polícia Federal (PF), agendado para esta quinta-feira (31).

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Recentemente, Wassef foi alvo de mandados de busca e apreensão em função das suspeitas sobre seu envolvimento no caso relacionado à suposta venda ilegal de joias sauditas, originalmente presenteadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante uma coletiva de imprensa após a apreensão de seu telefone celular, o advogado admitiu ter adquirido, nos Estados Unidos, um relógio de luxo da marca Rolex que havia sido presenteado a Bolsonaro.

Wassef alegou que seu objetivo era adquirir o relógio para entregá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU). No depoimento, a PF espera esclarecer quem instruiu Wassef a tomar essa medida.

Na petição submetida ao STF, a defesa de Wassef alega não ter conhecimento dos "fatos sob investigação" e nega ter recebido intimação para prestar depoimento, apesar de estar disposto a "esclarecer sua potencial participação" no caso.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, tem respondido a requerimentos similares afirmando que os registros são públicos e, portanto, estão disponíveis para acesso pelas defesas dos indivíduos investigados.

O que são milícias digitais?

Milícias digitais são grupos de pessoas que se organizam na internet para espalhar informações falsas, desinformação e propaganda com o objetivo de influenciar a opinião pública, distorcer fatos ou promover agendas específicas. Essas milícias geralmente operam em plataformas de mídia social, fóruns online e outras plataformas da internet.

As organizações usam estratégias como a criação de perfis falsos (conhecidos como bots) e contas anônimas para amplificar suas mensagens. Elas podem espalhar notícias falsas, teorias da conspiração, memes enganosos e até mesmo fabricar imagens e vídeos alterados para parecerem reais.

O seu objetivo pode variar: desde influenciar eleições, difamar adversários políticos, gerar polêmica em torno de determinados tópicos, até promover ideologias extremistas. Elas podem ser financiadas por indivíduos, grupos políticos, empresas ou até mesmo governos que buscam moldar a narrativa online de acordo com seus interesses.

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