Na última terça-feira (15), o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, confirmou oficialmente que readquiriu o relógio de luxo Rolex, originalmente presenteado pela Arábia Saudita ao governo brasileiro em 2019, em uma transação que agora está sendo considerada ilegal nos Estados Unidos.
Documentos revelam que o nome de Wassef consta no recibo da recompra do relógio. Diante das evidências, o advogado declarou ter adquirido o Rolex em 14 de março utilizando dinheiro próprio e afirmou que foi um "presente ao governo brasileiro". Ele negou veementemente qualquer envolvimento ou instrução por parte de Mauro Cid, tenente-coronel que serviu como auxiliar do ex-presidente.
Em uma entrevista realizada no domingo (13), o advogado alegou nunca ter tido conhecimento da existência da joia. Contudo, dois dias depois, ele admitiu ter efetuado a compra do Rolex e fez a seguinte declaração: "O governo do Brasil me deve R$ 300 mil".
Segundo a análise de Andréia Sadi, apresentadora e comentarista da GloboNews, "Wassef ampliou o escopo de questionamentos em relação a este caso já controverso". Ela sugere que isso poderia explicar a irritação da equipe de defesa legal de Bolsonaro em relação a Wassef.
Sadi observa que até mesmo os próprios assessores de Bolsonaro estão descontentes com Wassef e apontam que ele está direcionando muita atenção e, de certo modo, colocando foco negativo no caso.
Desde o escândalo das rachadinhas envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o advogado Wassef se autodenomina como um "anjo" para a família Bolsonaro. Vale lembrar que Queiroz, preso em 2020, foi encontrado nas instalações da propriedade de Wassef em Atibaia.
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