Na manhã desta quinta-feira, 18 de junho, o apresentador Ieldyson Vasconcelos forneceu mais informações sobre o caso do jornalista Arimatéia Azevedo que teve sua prisão preventiva convertida em domiciliar, na tarde de ontem, por ser do grupo de risco da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A decisão se deu através do desembargador Joaquim Santana, da 2ª Câmara Especializada do Tribunal de Justiça do Piauí.
Segundo Ieldyson, a coletiva que seria na manhã de hoje foi adiada possivelmente para amanhã porque a polícia espera uma decisão judicial.
Durante todos esses dias, alguns empresários e profissionais liberais que seriam supostas vítimas de Arimatéia pediram para o GRECO o direito a ter acesso a todas as informações que tem no celular do jornalista e um deles, segundo o apresentador, é o empresário do ramo da construção civil, Jivago Castro.
“Teve uma época que o Jivago foi apontado pelo Arimatéia que ele seria o principal suspeito do assassinato da Fernanda Lages. Após investigações, a Polícia Civil e a Polícia Federal concluíram que ele não teria envolvimento com a moça, nem com o crime e agora ele protocolou um pedido e quer ter acesso a todas as informações no celular do jornalista já que existem informações que dão conta que existia uma grande armação envolvendo outras pessoas para acabarem com a família Castro”, relatou Ieldyson acrescentando que o pedido já foi aceito e isso deve se desdobrar em outro inquérito.
“Eu temo pela minha vida, fui ameaçado, temo pela minha família, se alguém queria me colocar na cadeia sem eu ter feito nada eu preciso me resguardar”, declarou Jivago para o apresentador.
O professor da Universidade Estadual do Piauí, Francisco de Assis Barreto, também recebeu prisão domiciliar após aceitar o pedido de delação premiada. Em um segundo depoimento no Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), já que no primeiro decidiu assegurar seu direito de ficar calado, o professor confirmou a denúncia de extorsão do jornalista Arimatéia Azevedo, criador e sócio do site AZ, contra o cirurgião plástico Alexandre de Andrade Souza, que pagou R$ 20 mil, divididos em duas parcelas de R$ 10 mil, para que fosse excluída reportagem sobre suposto erro durante uma cirurgia de mama.
Francisco Barreto disse reconhecer que foi acionado pelo jornalista Arimatéia Azevedo para receber um dinheiro onde “percebeu que aquela negociação seria para que o portal não falasse mais” de um caso de erro médico envolvendo Alexandre de Andrade. O professor relatou ainda que recebeu R$ 3 mil de Arimatéia.