O prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues, contou com exclusividade ao Ronda Nacional, da Rede Meio Norte, que após a fatalidade ocorrida nesta segunda-feira (27), dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, onde um aluno orquestrou assassinatos contra professores e alunos, a prefeitura de Chapecó vai dá prosseguimento para colocar mais detectores de metal nas escolas, policiais aposentados na segurança e apoios psicológicos aos estudantes do município.
De acordo com o prefeito de Chapecó, desde 2022, o município vem abordando a temática de portões eletrônicos com detectores de metal em 5 escolas da cidade. Para ele, isso ameniza a entrada de armamentos de fogo ou branco, além de prevenir ataques pondo a vida dos estudantes e servidores em risco.
“Eu assumi pela terceira vez a prefeitura de Chapecó, e no ano passado nós começamos a instalar detector de metal nas escolas públicas e o portão eletrônico semelhante a banco, com isso evita a entrada de qualquer pessoa com qualquer tipo de arma, ou seja, arma branca ou revólver”, disse o prefeito.
João Rodrigues ainda ressaltou que a prefeitura está expandindo essa temática de segurança para mais 12 escolas municipais. Além disso, ele conta que há um projeto em andamento, a Patrulha Escolar, em parceria com a Guarda Municipal, que faz rondas diárias nas principais escolas da cidade, para fornecer mais segurança a todos.
Para auxiliar na recuperação de problemas psicológicos, o prefeito ainda detalhou que fornece polos com equipes preparadas para acompanhamento psicológico, para amenizar e evitar esses casos semelhantes ao ocorrido nesta segunda-feira (27) em São Paulo.
“Isso já funciona em 5 escolas, agora estamos levando para mais 12, serão 17, e o nosso propósito é colocar em toda rede pública municipal. Há 1 ano a Patrulha Escolar. Eu tenho a Guarda Municipal, ela faz ronda em todas as escolas principais do município, rondas diárias, para dar total segurança aos alunos, principalmente na entrada e saída da escola e fica em contato diretamente com os diretores. E montamos ainda cinco polos de equipes multidisciplinares na cidade de Chapecó, essas equipes é composta de psicólogo, professor, estrutura completa, quando um professor identifica um aluno em sala de comportamento diferenciado, essa criança é retirada do convívio e passa para acompanhamento psicológico, profissional, para evitar que sejamos surpreendido nisso que está ocorrendo no Brasil", disse o prefeito João Rodrigues.
O investimento nesses projetos, segundo o prefeito, é de baixo custo, levando em consideração que todo o investimento será voltado para a segurança nas escolas e também na cidade de Chapecó. O objetivo até o final de 2023 é ampliar o projeto para 37 escolas municipais, e posicionar policiais aposentados em todas as escolas do município.
“Não é caro. Para se ter uma ideia nós instalamos em 5 escolas equipamento modernos por R$ 139 mil,e vamos colocar em mais 10, a previsão é investir mais R$ 400 mil, e eu já tenho orçamento para colocar esse ano em mais 20, e vamos terminar o ano com aproximadamente 37 das principais escolas todas elas com portão eletrônico. É um detalhe importante, nós estamos contratando, junto ao governo do estado de Santa Catarina, um projeto chamado Sintespe onde o estado contrata policiais aposentados para retornar na ativa aos serviços administrativos. Eu vou contratar policiais aposentados e em cada escola vai ter um policial militar devidamente fardado para fazer o monitoramento da escola”, completa o prefeito de Chapecó.
ENTENDA O CASO DE SÃO PAULO
Nesta segunda-feira (27), um adolescente de 13 anos esfaqueou uma professora em uma escola de São Paulo. Ele invadiu a sala de aula usando uma máscara de caveira e golpeou a professora que estava de costas, segundo as imagens do circuito interno.
Uma docente morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas, sendo três professores e dois alunos.
O ataque ocorreu na escola estadual Thomazia Montoro, na rua Adolfo Melo Júnior, na Vila Sônia, zona oeste da capital.
AMEAÇA DE ATAQUE EM CHAPECÓ
No ano de 2022, uma escola municipal, foi alvo de um ameaças por parte de um aluno, que escrevia na parede planos de massacre contra a instituição.
Na época, o autor das frases admitiu aos policiais a autoria do fato, afirmando que estava fazendo apenas uma brincadeira, não queria assustar ninguém, e que estava arrependido da ação. As escritas foram feitas em um mármore de um banheiro da escola.