Caso Débora Vitória: Defesa de indiciado no crime quer novo exame balístico

Segundo a defesa, os efeitos produzidos pela arma de fogo do policial, uma pistola de calibre ponto 40, não correspondem aos encontrados no corpo da garota.

O caso da garota Débora Vitória, de 6 anos, morta no dia 11 de novembro de 2022 após uma tentativa de assalto no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina, ganhou um novo episódio nesta quarta-feira (11). Após o inquérito policial ter apontado compatibilidade do núcleo de chumbo encontrado no corpo da menina e a arma apresentada pelo tenente José da Cruz Bernardes Filho e o militar ter sido indiciado por homicídio doloso qualificado, a defesa pediu a realização de novos exames.

De acordo com os advogados, em entrevista para o MeioNorte.com, novos exames são necessários tendo em vista que, segundo eles, as ranhuras dos projéteis encontradas no corpo da vítima são diferentes das ranhuras produzidas pelo cano da arma do militar.

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"A defesa do policial militar, envolvido na ocorrência, vai ver exames mais detalhados na perspectiva de identificar as ranhuras que foram encontradas no projétil de arma de fogo que foi retirado do corpo da vítima correspondem as ranhuras produzidos da alma do cano da arma que foi utilizada pelo policial militar durante a ocorrência", disse o advogado Otoniel Bisneto, representante da defesa.

Segundo Otoniel, os efeitos produzidos pela arma de fogo do policial, uma pistola de calibre ponto 40, não correspondem aos encontrados no corpo da garota Débora Vitória e que, por essa razão, um novo exame de micro comparação balística deve ser realizado na arma do tenente.

"Outrossim, acreditamos também que os efeitos do projétil dos efeitos da arma de fogo no corpo da vítima, não correspondem ao efeitos que são identificados quando produzidos por uma pistola de calibre ponto 40. Por tudo isso, podemos crer que somente a realização de novos exames poderão apontar se a arma que foi utilizada foi a do segundo envolvido ou a do policial militar", afirmou o advogado.

O Núcleo de Feminicídios do Departamento de Proteção à Pessoa (DHPP), que foi responsável pela investigação, ainda não solicitou a prisão preventiva do militar, que atualmente cumpre funções administrativas, mesmo após ter sido indiciado por homicídio doloso - quando não há a intenção de matar.

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