A endometriose é caracterizada pela presença de células do endométrio (tecido vascularizado que reveste o interior do útero e é expelido durante a menstruação) em outras parte do corpo, como atrás do útero, nos ovários, no intestino ou até mesmo na bexiga. Casos raros em que a doença foi diagnosticada em órgãos mais afastados como os pulmões e o cérebro também já foram documentados. Os motivos por trás dessa viagem pelo corpo ainda estão sendo estudados pelos especialistas.
Mesmo estando fora do útero, o tecido endometrial mantém o seu comportamento: acompanhando as variações hormonais, “torna-se mais espesso durante o ciclo menstrual e sofre sangramento ao final dele”, escreve Neme. O sangramento não ocorre em todos os locais onde o endométrio se instala, mas, de qualquer forma, essas alterações podem provocar inflamações nos órgãos a longo prazo.