Com o cargo cobiçado pelo Centrão, Wellington Dias venceu o "terceiro turno" contra forças oposicionistas e além de permanecer no comando do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ganhou a missão de construir pontes entre a gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e regiões em que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem uma base fiel de seguidores.
Wellington é considerado um político flexível e com a experiência no Governo do Piauí por quatro ocasiões, tem contato com a maioria dos líderes estaduais, inclusive os de direita; coube a ele, inclusive, a missão de dialogar com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) nos primeiros momentos da gestão Lula III.
Diante desse quadro, no próximo dia 22 de setembro, por exemplo, o ministro marcará presença na capital do Mato Grosso, Cuiabá; na ocasião, Dias será recepcionado pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PSDB) e a primeira-dama Márcia Pinheiro. A expectativa é que ele participe do lançamento do programa 'Prato Cheio' no município.
"Nós levamos ao presidente Lula o projeto e ele ficou encantado com a iniciativa criada para a realidade cuiabana. Desde então, buscamos apoio institucional da União e o ministro irá participar da assinatura do primeiro contrato", disse Márcia Pinheiro.
Assim, o objetivo da gestão é transformar Wellington como um 'porta-voz' do combate à fome; as viagens pelo país ainda servirão para alinhar o seu discurso, tornando-o menos técnico e mais 'emotivo'. No caso da capital do Mato Grosso, a assinatura do convênio do programa Prato Cheio será com os restaurantes interessados em oferecer alimentação social para a população vulnerável inserida no Cadastro Único do município. O alcance pode chegar a até 20 unidades, em 14 bairros da capital, previamente mapeados pela Prefeitura de Cuiabá.
Nesse sentido, os restaurantes locais, dos respectivos bairros e regiões, apontados no escopo do projeto, vão se habilitar para serem parceiros por meio do Chamamento Público.