No filme e na vida real, Daniel afirma que Suzane sofria abusos físicos do pai desde os 14 anos e que Manfred era alcoólatra. Ela disse o contrário no julgamento, afirmando que era uma família feliz antes da chegada do namorado. O disse que disse tem um fundo complexo. Suzane chegou a desistir de matar a mãe, após um momento de cumplicidade entre elas, quando Marísia descobriu que o marido a traia. Daniel, em seguida, disse então que iria se matar, já que não poderia manter o relacionamento com Suzane em paz.
Ela voltou atrás, retomou os planos, mas, para convencer ambos os irmãos Cravinhos, inventou o abuso. No depoimento de Andreas, irmão de Suzane, ele desmente que o pai seria violento ou alcoólatra, e apenas confirma que, numa briga com a filha, na qual ameaçou deserdá-la caso não terminasse o namoro com Daniel, ficou fora de si e deu um tapa na cara de Suzane – cena que os dois filmes retratam. Segundo psicólogos envolvidos no caso, o tapa foi o gatilho para o crime.