A Agência Nacional de Vigilância Sanitária deu um passo importante para facilitar o acesso dos brasileiros a produtos com canabidiol (CBD), um derivado da cannabis que não dá barato e pode ajudar pacientes com certas doenças. Estudos sobre o potencial terapêutico da substância para diversas condições continuam em andamento, mas é preciso tomar cuidado com a ideia de que o CBD é uma panaceia.
Outra questão é que a divulgação do uso medicinal, além da legalização da maconha em certos países (uma medida ligada ao controle do tráfico), tem aumentado a aceitação da droga. E aí existem dois perigos importantes: o primeiro é o uso entre os jovens. Há evidência suficiente de que, para quem ainda está com o cérebro em formação, a maconha pode causar danos prolongados. O mesmo vale para grávidas que expõem seus filhos à droga – estudos recentes chamam atenção para problemas como o risco de baixo peso ao nascer e vulnerabilidade a infecções. É bom levar em conta que as drogas vendidas hoje em dia possuem níveis mais altos de THC, o composto que, diferente do CBD, pode causar problemas à saúde.