O Superior Tribunal de Justiça (STJ) agendou para o dia 20 de março o julgamento do caso Robinho, que foi condenado por estupro na Itália. O ex-jogador brasileiro foi considerado culpado por violência sexual em grupo contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão, em 2013. Em 2017, ele recebeu uma sentença de nove anos de prisão, decisão que foi confirmada em segunda instância na Itália em dezembro de 2020.
Na época da condenação, a Justiça italiana solicitou a extradição de Robinho para que ele cumprisse sua pena no país. Entretanto, como o Brasil não extradita seus cidadãos, a Itália pediu que a sentença fosse cumprida no Brasil.
Agora, a Corte Especial do STJ irá examinar o caso, podendo resultar na prisão do ex-jogador. O colegiado é composto por 15 ministros, sendo Francisco Falcão o relator do processo. Tudo indica que o relator votará pelo cumprimento da pena de Robinho no Brasil, e a expectativa é que os demais ministros sigam sua decisão.
"Na situação de Robinho, não vejo outra alternativa legal além de fazê-lo cumprir sua pena no Brasil. Ele foi condenado, ponto final. Seria necessário uma evidência clara de uma injustiça ou ilegalidade cometida pela Justiça italiana contra ele, o que não parece ser o caso", afirmou um ministro do STJ ao blog da jornalista Malu Gaspar, do "O Globo".
É importante destacar que, em janeiro de 2022, a Justiça italiana indeferiu o pedido de novos recursos por parte da defesa do ex-jogador.