O Tribunal de Justiça do Rio mantêm a decisão de manter São Januário sem receber público. O julgamento, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (30), não teve sucesso com a liberação do estádio. O clube recorrerá da decisão, Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. A votação ficou 2 a 1, para manter o estádio sem público.
“Tivemos um voto favorável, mas infelizmente não foi suficiente. O Vasco agora vai levar o caso a Brasília para que seja analisado pelos ministros do STJ”, disse o advogado do Vasco, Rodrigo Siqueira. O clube ainda tem uma esperança com um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com o Ministério Público do Rio de Janeiro, caso consiga o processo será extinto.
“Nós vamos continuar lutando. O Vasco, a torcida do Vasco e a Barreira do Vasco não podem mais ser prejudicados. Vamos adotar todas as medidas possíveis para que o Vasco tenha seus direitos. Não só em relação ao Maracanã, mas como na liberação completa de São Januário”, disse Gisele Cabrera, diretora jurídica do Vasco.
Renata Cotta e Carlos Santos de Oliveiras foram os desembarcadores que votaram contra a liberação de público no estádio. O argumento usado peles desembargadores é que ainda precisa ser feito uma perícia para a liberação e a decisão, em liminar, deve permanecer “enquanto não tiver a segurança comprovada”.
Já Andrea Pacha, em seu voto a favor, alegou que o clube não tem poder de polícia e tomou todas as medidas cabíveis no processo. E relembrou o caso do ônibus do Botafogo, que foi apedrejado no aeroporto por torcedores do Fluminense, na tarde de terça-feira (29), um dia antes do julgamento, quando o elenco viajou para a Argentina.
Com essa medida, São Januário se encontra fechado há 69 dias. A sua última partida com público, foi justamente na derrota do Vasco para o Goiás, que aconteceu os incidentes no estádio. Até a presidente da Associação de Moradores da Barreira do Vasco, fez um apelo para tentar liberar o estádio, antes do julgamento. Com essa decisão, a justiça tem 90 dias para realizar a perícia e decidir novamente sobre o caso.