Após Governo impor regras e fiscalização, extração de ouro reduz em 84%

Medidas governamentais de fiscalização e regulamentação do comércio de ouro causaram uma redução drástica na mineração ilegal, levando a uma queda de 84%

Garimpo na amazônia paraense, região do Alto Tapajós | (Foto: Gustavo Basso)
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O combate à extração ilegal, em conjunto com o combate também ao comércio ilegal de ouro tem gerado resultados: No Brasil, a consequência foi uma queda de 84% da produção de ouro registrada nos garimpos do país. Segundo o Instituto Escolhas, a diminuição na produção está relacionada às medidas de controle adotadas pelo governo brasileiro em 2023.

Segundo o repórter Pedro Peduzzi, uma das medidas utilizadas pelo Instituto é o uso obrigatório de notas fiscais eletrônicas para o comércio de ouro nos garimpos. “Até então, as notas fiscais eram em papel, preenchidas a mão, abrindo espaço para fraudes e dificultando o controle pelas autoridades”, diz o estudo divulgado.

“Prova disso é que, em 2022, os garimpos registraram uma produção de 31 toneladas de ouro. Em 2023, após as mudanças, o volume caiu para 17 toneladas, uma diminuição de 45%”, diz o estudo Ouro em Choque: Medidas que Abalaram o Mercado . Essa redução de 14 toneladas de ouro equivale a R$ 4,3 bilhões.

Imagens de um garimpo brasileiro (Foto: Reprodução)


CIDADE PARAENSE DEIXOU DE PRODUZIR TONELADAS:

Em 2024, o volume de produção dos garimpos é 84% menor do que o registrado no mesmo período em 2022. Do total, a redução de 6 toneladas foi apenas em um município: Itaituba, no sudoeste do Pará, enquanto o estado por inteiro teve redução chegando ao total de 57% (o que corresponde a 10 toneladas).

“O mercado de ouro entrou em choque. A produção oficialmente registrada e as exportações caíram significativamente, mesmo em um cenário de preços bastante elevados para o ouro, o que tenderia a elevar esses números”, detalhou o estudo, provando, assim, que esse movimento mostra que “uma porta importante foi fechada para o ouro ilegal”, aumentando custos e riscos de operações ilícitas de um ouro que, antes, era facilmente esquentado e exportado como legal.

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