Uma fábrica de roupas brasileira, situada no Rio Grande do Norte, vai começar a produzir, a partir de julho, peças para serem vendidas pela Shein, empresa chinesa de e-commerce. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), pelo diretor-presidente da Coteminas, Josué Gomes.
Gomes informou que teve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, com a presença da governadora Fátima Bezerra e do Chefe da Shein para a América Latina, Marcelo Claure, para tratar do assunto. De acordo com ele, a produção inicia já neste mês de julho, na fábrica de Macaíba, enquanto as oficinas de costura estão espalhadas pelo estado. Inicialmente, o foco será a produção de jeans, produtos de brim em geral e malhas de algodão.
"Viemos aqui com a governadora Fátima porque estaremos começando agora em no mês de julho a produção de peças do vestuário para o mercado doméstico nacional, brasileiro, e para toda a região através do Rio Grande do Norte", disse Gomes, que também é presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Investimentos no Brasil
O representante da Shein afirmou que a produção no Rio Grande do Norte faz parte do "compromisso" assumido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de trazer parte da produção da Shein para o Brasil. "Faz parte de um processo de trocar a fabricação da Shein na China trazer essa fabricação para o Brasil", afirmou.
Em abril deste ano, a Shein anunciou uma previsão de investimento no Brasil de, aproximadamente, R$ 750 milhões nos próximos anos, visando estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país. Além da Coteminas, a gigante do varejo on-line fechou parceria com a empresa mineira Santanense.
O executivo explicou que a Shein fechará parcerias com fabricantes brasileiros, em diferentes estados, para produção de diferentes peças que serão vendidas pela empresa de comércio digital. "São produtos da Shein made in Brasil para o Brasil. Nosso plano é ter 2 mil fábricas e não só fabricar para o Brasil, mas o Brasil ser uma parte importante para exportar na América Latina", disse.
Com informações do g1