Na noite de quinta-feira (4), o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou um plano abrangente para o futuro da Faixa de Gaza após o fim do conflito com o grupo terrorista palestino Hamas, que governa a região há quase duas décadas. A iniciativa surge em resposta à pressão dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, por propostas concretas para a região.
Os principais pontos do plano revelado por Gallant incluem:
- Controle de segurança: Após a derrota do Hamas, Israel manteria o controle de segurança em Gaza, com a presença de soldados israelenses, mas não civis, no território.
- Administração diária: Um órgão palestino, ainda não definido, guiado por Israel, seria encarregado de gerir a administração diária do enclave, contando com funcionários públicos locais ou líderes comunitários.
- Reconstrução: Estados Unidos, União Europeia e outros parceiros regionais assumiriam a responsabilidade pela reconstrução do território, que se encontra praticamente em ruínas.
O plano, porém, não é uma política oficial e ainda não recebeu a aprovação de outros ministros. Estabelece ainda que a ofensiva de Israel em Gaza continuará até a libertação dos reféns sequestrados em 7 de outubro e o desmantelamento das "capacidades militares e governativas" do Hamas. Somente após essas condições seria iniciada uma nova fase, na qual "o Hamas não controlará Gaza e não representará uma ameaça à segurança dos cidadãos de Israel".
Essas propostas foram apresentadas momentos antes da visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que busca evitar a escalada do conflito para uma disputa regional e delineia um futuro pós-guerra que inclua tanto judeus quanto palestinos.
O plano de Gallant contrasta com as propostas dos Estados Unidos, que desejam uma revitalização da Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia. Washington também defende novas negociações para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já descartou a proposta norte-americana.
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