Israel disse que desconhece a existência de cidadãos brasileiros entre os sequestrados pela facção terrorista Hamas. Após afirmar em vídeo que havia brasileiros com o grupo extremista, Jonathan Conricus, o porta-voz internacional do Exército de Israel, declarou à Folha que pode haver brasileiros, mas que a informação não pode ser confirmada.
Segundo Conricus, a informação sobre a presença de brasileiros é oriunda de relatos de fontes anônimas e do trabalho em campo dos militares, contudo, não se sabe quantos brasileiros seriam. "A situação toda é muito fluida neste momento, realmente torcemos para que não haja brasileiros entre os sequestrados", afirmou o militar.
Mais cedo, ele havia dito em uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter) que, além de israelenses, estariam entre os reféns do Hamas cidadãos americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos, ucranianos, entre outros.
"Entre os dezenas de capturados pelo Hamas, muitos têm dupla nacionalidade", afirmou o tenente-coronel. "Portanto, esse não é um desafio só de Israel, isso preocupa a muitos países ao redor do mundo."
De acordo com a Folhapress, o Itamaraty disse que a ainda não recebeu informações concretas da Defesa de Israel sobre o assunto, mas que a embaixada do Brasil em Tel Aviv está buscando confirmar a informação.
Até agora, já foram confirmadas as mortes de dois brasileiros na região: a universitária Bruna Valeanu, 24, e o gaúcho Ranani Glazer, 23. Ambos também tinham cidadania israelense e viviam no país do Oriente Médio havia mais de sete anos. Os dois foram mortos durante o ataque a um festival de música eletrônica do qual participavam em uma região próxima à Faixa de Gaza. Além deles, há um brasileiro desaparecido, mas não está claro se a informação inicial de que pode haver brasileiros entre os reféns conta com a pessoa desaparecida como possivelmente em mãos do Hamas.