PCC 'sequestra' Prefeitura e Câmara de Guarujá, aponta investigação policial

Pelo menos oito contratos firmados pela Prefeitura e pela Câmara Municipal estão sob suspeita de terem sido fraudados.

Pelo menos oito contratos firmados pela Prefeitura e pela Câmara Municipal estão sob suspeita de terem sido fraudados | Reprodução
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A Polícia Civil de São Paulo afirma que a Prefeitura e a Câmara Municipal de Guarujá, localizada na Baixada Santista, foram "sequestradas" pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil. Essa constatação faz parte do relatório da Operação Hereditas, que investiga fraudes em licitações que teriam beneficiado empresas ligadas a membros do PCC.

De acordo com a investigação, pelo menos oito contratos firmados pela Prefeitura e pela Câmara Municipal estão sob suspeita de terem sido fraudados. Esses contratos, juntos, somam um valor aproximado de R$ 70 milhões.

Entre os investigados estão três vereadores. No dia 1º de outubro, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços dos suspeitos. Um dos principais alvos é Edmar Lima dos Santos (PP), conhecido como Juninho Eroso, presidente da Câmara Municipal de Guarujá. Além dele, Mário Lúcio (Cidadania), identificado como um dos principais articuladores do esquema, e Santiago Ângelo (PP) também estão sendo investigados.

Segundo as autoridades, esses vereadores são suspeitos de direcionar contratos públicos com o objetivo de desviar verbas em troca de propinas. Todos os três foram reeleitos para seus cargos na Câmara. Até o momento, eles não se manifestaram sobre as acusações.

Além dos vereadores, o empresário Cláudio Fernando de Aguiar (Novo), que foi candidato a prefeito, também está sob investigação. Ele, no entanto, nega qualquer envolvimento em irregularidades.

O relatório da Polícia Civil também menciona outros três vereadores que foram citados em uma denúncia anônima. Embora a investigação sobre eles não tenha avançado, uma fonte do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) indicou que esses políticos ainda podem ser oficialmente investigados.

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