Os acusados de matar a estudante de Medicina Flávia Cristina Wanzeler Sampaio, de 23 anos, foram condenados a mais de 78 anos de prisão. A sentença foi dada pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Teresina, João Antônio Bittencourt Braga Neto.
Francisco Emanoel dos Santos Gomes, Denilson Weviton Santos Nicolau e Antônio Cleison Barbosa da Silva foram sentenciados a 31 anos e dois meses, 23 anos e quatro meses e 23 anos e quatro meses de reclusão, respectivamente, pelos crimes de latrocínio, receptação e roubo majorado em Teresina.
Além da pena fixada, o magistrado negou o direito do trio de recorrer em liberdade, e também foi determinado o pagamento de R$ 200 mil aos pais de Flávia, por danos morais, além de R$ 20 mil para o namorado da estudante, que estava com ela no carro no momento do crime.
Relembre o caso
Flávia Wanzeler foi assassinada no último dia 12 de fevereiro, no cruzamento da Rua Alecrim e Rua Tomaz Tajra, bairro Jóquei. A jovem estava em um veículo com o namorado quando foi abordada pelos três acusados que tentaram roubar o casal.
Durante a ação, o namorado de Flávia tentou fugir do local com o carro, quando um dos acusados efetuou um disparo de arma de fogo que resultou na morte da estudante. Ela, ainda, foi socorrida, mas não resistiu ao ferimentos causado pelo disparo e morreu.
Os acusados foram presos no dia 13 de fevereiro, um dia após o crime. Dois foram capturados em Teresina e o terceiro em Caxias. O veículo usado pelos criminosos, um Renault Kwid, foi recuperado pelos policiais das Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas (ROCAM) no bairro Santa Luzia, na zona Sul da capital.
Os três foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), latrocínio tentado, associação criminosa, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo.
No dia 31 de maio, A Secretaria de Segurança Pública, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu dois suspeitos de envolvimento no assassinato de Flávia. Os presos foram identificados como Gustavo Soares e Carlos Eduardo Gomes Lúcio, também conhecido como "Dudu".
Segundo as investigações, Gustavo é empresário e apontado como o responsável por encomendar o veículo que seria roubado, enquanto "Dudu" atuava como motorista do carro utilizado no crime, transportando os outros envovidos, conhecidos como Biel, Macapá e Ceará.