Um registro viralizou nas redes sociais, onde é observado dois clientes de uma das famosas lojas “Zara” no Rio de Janeiro, devolvendo as roupas que haviam sido compradas no local, depois de terem presenciado uma abordagem racista do segurança ao jogador negro Guilherme Quintino. O jogador estava sendo acusado de furto, apesar de ter deixado o estabelecimento sem levar nenhuma peça.
"Eu quero agora devolver isso. Eu não vou levar nada de uma loja racista. Eu sou preta. Eu sei o que é sentir na pele", afirma a cliente irritada durante vídeo.
O jogador do time Volta Redonda, Guilherme Quintino e sua namorada, haviam entrado na loja para escolherem algumas peças de roupa. Após a namorada de Guilherme afirmar que preferia voltar em outro momento para aguardarem a promoção dos itens, os dois deixaram a sacola de roupas que a loja fornece aos clientes para colocarem suas opções de compras, em um local na seção masculina.
Ao saírem da loja, o casal foi abordado por um segurança que pediu para conferir a sacola que eles estavam segurando antes de deixarem a loja, fazendo o casal acompanhá-lo até o local onde haviam deixado a bolsa com as roupas. O jogador relatou o caso em seu Instagram, e contou que o segurança o fez voltar ao estabelecimento, e que enquanto era questionado, o segurança ou nenhum outro funcionário disseram o motivo da abordagem. Guilherme escreveu em suas redes: “ato racista, repugnante, não passarão", escreveu.
Clientes que testemunharam o caso, registrado no mesmo dia, domingo (18), a cabeleireira chamada Jacqueline Duvivier, que estava no local, decidiu imediatamente devolver as compras que havia feito. Em entrevista ao UOL, ela afirmou que se indignou com toda a situação pois já havia passado por situações semelhantes.
"A gente percebeu que duas funcionárias estavam desmerecendo o que o casal estava passando. Uma outra moça que estava na fila foi prestar apoio, porque o companheiro dela viu a situação. E eu e meu esposo fomos contar para a gerência o que as funcionárias estavam fazendo. Nisso, elas vieram para cima de mim, desmentindo, dizendo que não tinham falado nada, só que todo mundo viu, e me indignei. Não compro nunca mais nessa loja, não piso mais aqui, e não quero fazer parte de nada que seja racista ou se envolva em qualquer tipo de preconceito”, explica a cabelereira.
O advogado do jogador discriminado, Djeff Amadeus, afirmou que o segurança da loja estava recebendo orientações ao fazer a abordagem, em um relato cedido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, afirmaram que estão realizando diligências para que uma apuração correta dos fatos seja feita.
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