O caminhão responsável pelo acidente que deixou nove atletas do “Remar para o Futuro” mortos no último domingo (20) na BR-376, tinha parado ao menos três vezes por problemas mecânicos naquele mesmo fim de semana. O veículo desgovernado bateu na van que transportava a equipe, que voltava para Pelotas (RS), após uma competição em São Paulo. Apenas um jovem, de 17 anos, sobreviveu.
O QUE SE SABE?
O motorista da carreta, Nicolas de Lima Pinto, de 30 anos, conta que perdeu o controle do veículo na descida da Serra do Garuva. “Meu caminhão ficou sem freio. Tentei ligar o freio motor, não segurou, o caminhão se apagou. Tentei engatar, fazer pegar no tranco, não pegou, e foi isso que aconteceu. Infelizmente eu bati num carro, numa van”, disse ao Fantástico.
- O limite da rodovia era de 60km/h, e o caminhão estaria acima dos 100km/h, numa região cheia de curvas;
- Na sexta à noite, o caminhão ficou sem combustível na estrada;
- No sábado de manhã, já no Paraná, o problema foi na embreagem.
- Ele precisou deixar o posto de combustíveis antes de concluir o serviço em razão de um problema na caixa de câmbio.
- No domingo, quando Nicolas seguiu viagem, parou de novo. Um fio ligado ao sistema de marchas estaria rompido.
COMO ANDA A INVESTIGAÇÃO?
A investigação indica que, dos 10 freios da carreta, apenas um funcionava plenamente, quatro estavam desgastados e cinco não operavam. O dono do caminhão, Heloide Longaray, afirmou à polícia que os freios foram revisados em setembro.