O ex-vereador Dr. Jairinho virou réu pelo crime de estupro. A denúncia apresentada pelo Ministério Público em julho deste ano foi aceita pelo 3º Juizado de Violência Doméstica, de Jacarepaguá, na semana passada. O processo está em segredo de Justiça.
A denúncia do MPRJ afirma que o crime foi cometido em outubro de 2015, quando Jairinho drogou a ex-namorada "e praticou, sem consentimento da vítima, ato libidinoso diverso da conjunção carnal, consistente em sexo anal".
Procurado, o advogado Braz Sant’Anna, que representa Jairinho, disse que ela não se sustenta.
"A denúncia foi recebida e será devidamente impugnada, em razão da absoluta ausência de lastro probatório mínimo", disse.
Denúncia fala ainda em violência doméstica
A mesma denúncia trazia ainda um episódio de violência doméstica no ano seguinte, em 2016, e que aponta que o ex-vereador agrediu fisicamente a então namorada, causando-lhe uma fratura no pé.
"O ex-vereador é denunciado pelos crimes estupro, lesão leve, lesão grave, vias de fato e lesão na modalidade de danos à saúde emocional cometidos contra uma ex-namorada durante o período em que se relacionavam, entre os anos de 2014 e 2020. os fatos tiveram como pressuposto motivação de gênero ou situação de vulnerabilidade”, diz um trecho da denúncia, que só foi aceita pelo crime de estupro.
Denunciado por crimes contra outras três crianças
Em um dos episódios que constam na denúncia, um menino teve grave fratura de fêmur, ao tentar fugir do carro do vereador após vomitar no veículo, por medo.
Em outra, feita com base nas investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, ele foi acusado de tortura majorada contra a filha de uma ex-namorada. As agressões contra a criança aconteceram entre os anos de 2010 e 2013.
O indiciamente foi feito com base em relatórios médicos de hospitais para onde a criança foi levada na época das agressões. Ao todo, foram quatro laudos obtidos para serem usados como provas.
Nova audiência do caso Henry será em dezembro
Dr. Jairinho também foi investigado pela morte de Henry Borel na Delegacia de Homicídios, que ofereceu indiciamento aceito pelo Ministério Público e pela Justiça por homicídio triplamente qualificado, tortura de vítima incapaz, coação de testemunhas e fraude processual.
A primeira audiência de instrução e julgamento do caso Henry aconteceu no dia 6 de outubro e durou mais de 14 horas com a oitiva de testemunhas de acusação do prcesso. A proxima acontece nos dias 14 e 15 de dezembro.
Ele e Monique Medeiros, mãe de Henry, estão presos desde o dia 8 de abril, depois que investigações mostraram o envolvimento deles na morte da criança de 4 anos no dia 8 de março.