Após mais de um mês desde a fuga dos detentos da penitenciária em Mossoró, há suspeita de corrupção envolvendo alguns policiais que participaram das operações nas primeiras horas. Segundo relatos, a desconfiança principal está na relação entre os policiais federais, rodoviários federais e membros das polícias locais.
Facilidade após fuga: Há suspeitas de que, nas primeiras horas após a fuga, alguns policiais militares em Mossoró possam ter adotado uma postura passiva, permitindo que os dois fugitivos se distanciassem do presídio com maior facilidade. As forças policiais federais só teriam chegado a Mossoró posteriormente para participar das buscas, após a determinação do Ministério da Justiça para sua entrada no esforço de recaptura.
Horas cruciais: Essas horas iniciais podem ter sido estratégicas para Cabral e Mendonça escaparem rapidamente do presídio, reduzindo significativamente as chances de serem interceptados. Além disso, ao longo dos dias, surgiram incidentes de falta de comunicação entre as forças federais e a polícia local, aumentando as suspeitas iniciais.
O que diz as autoridades? A Polícia Militar do Rio Grande do Norte reiterou várias vezes que seus agentes estão dedicados com seriedade total às operações de busca, em pé de igualdade com seus colegas de outras forças.
Os dois detentos, pertencentes ao Comando Vermelho, fugiram do presídio federal em 14 de fevereiro. Até esta quarta-feira, a força-tarefa responsável pela captura dos fugitivos completou 36 dias de busca incessante.