O homem identificado apenas como Railan, suspeito de assassinar a tiros sua ex-namorada, Maria Arlete do Carmo Ramos (23), na cidade de Governador Archer, localizada a cerca de 330 km de São Luís, pode estar escondido em uma mata próxima à cidade. A polícia continua com as diligências para encontrar o autor desse crime, que ocorreu durante o feriado de 7 de setembro.
A jovem, que era professora, estava em uma mesa de bar com amigos quando Railan se aproximou e efetuou três disparos com arma de fogo contra a vítima. Ele fugiu logo em seguida e segue desaparecido. Na última segunda-feira (11), uma pessoa que supostamente auxiliou o autor do crime de feminicídio foi presa.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Regional de Polícia Civil de Presidente Dutra. Em entrevista para a Rede Meio Norte, Eduardo Galvão de Carvalho, titular do 1º Departamento de Polícia de Presidente Dutra, disse que Railan pode estar escondido em uma área de mata de difícil acesso.
"De imediato, foram adotadas todas as providências cabíveis. Um dos envolvidos já se encontra preso, e o autor dos disparos encontra-se ainda foragido. Um inquérito policial foi imediatamente instaurado, diligências foram realizadas, e durante esta semana foram ouvidas inúmeras testemunhas sobre esse fato. Tudo indica que ele permanece escondido em uma área de mata, uma área que, infelizmente, não conhecemos muito bem, e acreditamos que seja uma questão de tempo. Mas, devido à sua familiaridade com a região, ele pode se esconder por um certo período nesse local", disse o delegado.
Não aceitava o término
De acordo com informações da Polícia Civil, Railan não aceitar o término do namoro com Maria Arlete. Eles namoraram por um mês.
Imagens de câmeras de segurança do bar onde o crime ocorreu registraram o momento do ataque. No vídeo, Railan se aproxima de Arlete, que estava com amigos em uma mesa. Mesmo diante de várias testemunhas, ele saca uma arma, efetua três disparos contra Maria Arlete e foge do local.
Maria Arlete não resistiu aos ferimentos e faleceu antes de receber atendimento médico. Ela era professora e deixou um filho de 2 anos e 3 meses. Na última quarta-feira, familiares e moradores do município realizaram uma caminhada em protesto contra o crime que abalou a comunidade.
Goreth Ramos, mãe de Arlete, clamou por justiça para sua filha e pediu que o suspeito seja responsabilizado pelo que fez. "Em nome de Jesus, eu quero pedir justiça pela minha filha, justiça pelo filho dela e justiça por mim porque quem é cúmplice, quero que pague pelo que fez. Quem participou e está participando, quem está escondendo, eu quero justiça."
O delegado encarregado do caso garantiu o anonimato das informações, oferecendo uma recompensa em dinheiro no valor de R$ 2.000 por qualquer informação útil. As informações podem ser enviadas via Instagram pelo perfil oficial da Regional ou entregues pessoalmente na delegacia.