Uma trágica descoberta chocou a cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, quando o corpo da médica Thallita Fernandes, de 28 anos, foi encontrado dentro de uma mala em um edifício na tarde desta sexta-feira (18).
A angústia de familiares e amigos aumentou quando Thalitta deixou de responder mensagens, levando-os a acionar a Polícia Militar (PM). A jovem teve o corpo escondido numa mala, guardada no armário do próprio apartamento em que vivia, num condomínio de classe média situado na Rua Coronel Spínola de Castro, na Vila Imperial, região nobre da cidade. A perícia foi convocada para examinar o local.
O caso, envolto em suspeitas de homicídio, está sob investigação da Polícia Civil (PC). Até o momento, os detalhes sobre os possíveis ferimentos na vítima não foram oficialmente divulgados, e a principal suspeita é de que a médica tenha sido vítima de feminicídio praticado pelo ex-namorado, que convivia com ela há cerca de um ano e meio, e não teria aceitado a decisão do término do relacionamento. Ele já possui um mandado de prisão em aberto e é considerado foragido.
Jornada na medicina
Thalitta, que havia se mudado de Guaratinguetá para cursar a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), viu seus sonhos interrompidos de maneira trágica. Ela se formou em novembro de 2021 após anos de esforço. Na ocasião, ela expressou a realização de seu sonho de infância: "Hoje, concretizo meu sonho de infância. Foram quatro anos de cursinho, seis de faculdade e, se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo", escreveu.
A Famerp, instituição onde Thalitta estudou, expressou profundo pesar diante da perda precoce da jovem médica. "Com pesar, a diretoria da Famerp lamenta profundamente o falecimento trágico da aluna Thalitta Fernandes, da Turma 49. Sua partida prematura nos entristece", expressou. A comunidade médica e a população local se unem em luto diante dessa dolorosa perda.
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