Exclusivo Mistério e impunidade: Os 5 crimes que não foram solucionados até hoje - 3- Emboscada e assassinato do jornalista Donizetti Adalto

Apenas 8% dos assassinatos ocorridos no Brasil são esclarecidos. O Meio News fez um levantamento dos 5 crimes que ainda permanecem um mistério. - 3- Emboscada e assassinato do jornalista Donizetti Adalto

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3- Emboscada e assassinato do jornalista Donizetti Adalto

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Caso semelhante ao assassinato do petista Celso Daniel ocorreu no Piauí com o notório jornalista e político Donizetti Adalto, no dia 19 de setembro de 1998. Donizetti foi espancado e assassinato com sete disparos de arma de fogo à queima-roupa durante uma emboscada na Avenida Marechal Castelo Branco, no entorno da Ponte do bairro Primavera, zona Norte de Teresina, Capital do Piauí.

Adalto era candidato a deputado federal pelo partido PPS. Na ocasião, a vítima estava acompanhada de Djalma da Costa e Silva Filho, que era advogado e vereador de Teresina. Djalma também era companheiro de chapa de Donizetti e, assim como a vítima, também disputava uma vaga na Assembleia Legislativa do Piauí pelo mesmo partido de Donizetti.

As investigações foram conduzidas pela Polícia Civil do Piauí com apoio da Polícia Federal e se estenderam por muito tempo, até que o inquérito policial sobre o crime culminou no indiciamento como autores do crime:

  • O policial João Evangelista, o "Pezão";
  • O policial Ricardo Luiz Alves de Sousa;
  • O estudante universitário (na época do crime) Sérgio Silva;
  • O ex-comissário de Polícia, Fabrício de Jesus Costa Lima;

Intermediador do crime:

  • O assessor Francisco Brito de Sousa Filho

Autor intelectual do crime:  

  • O advogado Djalma da Costa e Silva Filho

CASO PERMANECE UM MISTÉRIO

24 anos após o crime, o advogado e ex-vereador Djalma Filho foi absolvido da acusação de ter sido o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto, durante julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, no dia 27 de abril de 2022, em Teresina.

O ex-assessor Francisco Brito de Sousa Filho também foi absolvido da acusação de ser o intermediador do assassinato de Donizetti, em julgamento pelo Júri Popular, realizado no dia 25 de maio de 2023. Já quanto ao ex-policial João Evangelista de Meneses, o "Pezão", foi condenado a cumprir 23 anos de prisão pelo assassinado da vítima.

A reportagem não obteve informações sobre os processos criminais contra os réus Fabrício de Jesus Costa Lima (ex-comissário de polícia e executor do crime), Sérgio Ricardo do Nascimento Silva (estudante universitário acusado de executar Donizetti), e Ricardo Luiz Alves de Sousa (ex-policial e executor do crime).

Diante da absolvição da maioria dos acusados, ainda ecoa a pergunta: Quem mandou matar Donizetti Adalto e por quê?

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