Álvaro Malaquias Santa Rosa, mais conhecido como Peixão, é um traficante notório vinculado à facção Terceiro Comando Puro (TCP). Ele exerce sua influência no Complexo de Israel, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Peixão é amplamente reconhecido por controlar o tráfico de drogas em áreas importantes, como Parada de Lucas e Cidade Alta, em Cordovil. Sua atuação tem impactado significativamente essas comunidades, consolidando sua posição dentro do TCP.
Criado por sua mãe, que é umbandista, Peixão teve uma infância marcada pela religiosidade de matriz africana. No entanto, em uma reviravolta, ele atualmente se identifica como evangélico. Essa mudança de fé tem sido acompanhada por ações de intolerância religiosa promovidas por ele nas áreas sob seu comando. Essas atitudes contrastam fortemente com suas origens religiosas e têm causado tensão nas comunidades.
Como agia Peixão
Antes de se declarar evangélico, Peixão já havia começado a reprimir práticas religiosas de matriz africana na região. Ele proibiu o funcionamento de terreiros, demonstrando um claro desrespeito pela liberdade religiosa. Essas ações não passaram despercebidas e foram denunciadas pela irmandade das igrejas católicas locais. A comunidade religiosa tem buscado justiça e proteção contra essas atitudes autoritárias.
Atualmente, Peixão está foragido, sendo procurado pelas autoridades. Ele é alvo de pelo menos nove mandados de prisão, relacionados a diversos crimes. Sua fuga continua a representar um desafio significativo para a aplicação da lei na região. As forças policiais mantêm esforços constantes para capturá-lo e garantir a segurança das áreas afetadas por suas atividades criminosas.
A situação de Peixão ilustra a complexa relação entre crime, religião e poder nas favelas do Rio de Janeiro. Sua trajetória, desde umbandista até evangélico intolerante, reflete as dinâmicas sociais e culturais presentes nessas comunidades. Enquanto foragido, ele continua a ser uma figura central no tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que suas ações perpetuam o ciclo de violência e opressão religiosa.