Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) executou mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como parte da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira (25). A informação foi inicialmente divulgada pela jornalista Andréia Sadi. Dois assessores de Carlos também foram alvo da ação policial, um no Rio e outro em Formosa (GO).
A operação visa investigar uma "organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial", conforme declarado pela PF. Há suspeitas de que auxiliares de Carlos solicitaram informações ao ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, em nome do vereador. A investigação apura se Carlos recebeu "materiais" obtidos ilegalmente pela Abin.
Agentes estiveram na residência de Carlos Bolsonaro no Vivendas da Barra, um condomínio de luxo na Praia da Barra da Tijuca, e em seu gabinete na Câmara de Vereadores, localizado no Centro. O vereador não se encontrava em nenhum dos locais, pois estava em Angra dos Reis, na Costa Verde.
A ação policial na residência do vereador durou cerca de 3 horas, e para a busca na Câmara, a PF mobilizou veículos descaracterizados. Durante as diligências, documentos e um computador foram apreendidos.
Além de Carlos Bolsonaro, um militar do Exército, atualmente na Bahia, que fora cedido para a Abin sob a gestão de Ramagem, também está sob investigação no âmbito da Operação Vigilância Aproximada.
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