No domingo (28), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou elogios ao sistema de votação da Venezuela, afirmando que o presidente Nicolás Maduro deu sinais de "eleições justas". Segundo Bolsonaro, Maduro implementou uma urna de votação eletrônica acompanhada do voto impresso no último plebiscito, embora tenha ressaltado que a principal oposição do país foi excluída da corrida eleitoral por decisões judiciais.
No plebiscito recente, Bolsonaro destacou a presença de um vídeo no qual Maduro votava em cinco itens, utilizando a urna eletrônica e, ao lado dela, uma máquina imprimia o voto. O ex-presidente reconheceu a importância dessa demonstração de eleições justas, embora tenha mencionado que ainda falta a contagem pública dos votos.
Bolsonaro ressaltou que, apesar do formato de votação adotado, a oposição não terá êxito nas eleições devido à decisão da Controladoria de Justiça pró-governo. Na última sexta-feira (27), essa entidade determinou a inelegibilidade por 15 anos de María Corina Machado, principal candidata da oposição, segundo pesquisas.
O documento da Controladoria de Justiça também cassou a elegibilidade de outros opositores, incluindo Juan Guaidó, ex-deputado que foi reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, incluindo o Brasil. Bolsonaro mencionou que, no momento, Maduro não enfrenta oposição na Venezuela, apesar do formato de votação.
Cabe lembrar que Bolsonaro, ao longo de seu mandato, defendeu a implementação do voto impresso no Brasil, argumentando, sem apresentar evidências, que as urnas eletrônicas não eram seguras e auditáveis. Em agosto de 2021, a proposta de voto impresso para 2022, patrocinada por Bolsonaro, foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em plenário.
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