Cid volta a negar participação na reunião golpista entre Bolsonaro e Exército

As investigações continuam, e mensagens obtidas no celular de Cid mostram discussões sobre o suposto plano com o então comandante do Exército

Jair Bolsonaro com assessores | Reprodução/Estadão
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No mais recente depoimento prestado à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), reforçou que não participou de uma reunião com os comandantes das Forças Armadas e Bolsonaro sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. A oitiva, realizada na segunda-feira (11), ultrapassou sete horas e ocorreu após o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes ser ouvido na semana anterior.

Cid já havia relatado encontros entre Freire Gomes e os comandantes da Marinha e Aeronáutica, pelos quais teriam sido apresentada uma minuta golpista. Em depoimentos anteriores, Cid afirmou que soube pelo general sobre a pressão de Bolsonaro para uma ofensiva golpista. O ex-presidente nega qualquer envolvimento na tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em depoimentos anteriores, Cid relatou ter conhecimento de um documento apócrifo apresentado por Filipe Martins, ex-assessor presidencial, para alterações solicitadas por Bolsonaro. Freire Gomes deu detalhes do suposto plano antidemocrático, implicando diretamente o ex-presidente. Na última fase de depoimentos, diversos intimados, incluindo Bolsonaro e ex-ministros, optaram por permanecer em silêncio.

As investigações continuam, e mensagens obtidas no celular de Cid mostram discussões sobre o suposto plano com o então comandante do Exército. O desenrolar dos depoimentos busca esclarecer os eventos relacionados à tentativa de golpe, enquanto as autoridades seguem analisando a complexa trama envolvendo militares e ex-autoridades do governo anterior.

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