Neste sábado (19), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) recorreu às redes sociais para dirigir uma mensagem aos fervorosos apoiadores de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Através de sua conta no aplicativo “X” (antigo Twitter), o "filho zero dois" do ex-mandatário solicitou que a base bolsonarista evitasse alimentar conjecturas a respeito da eventual prisão de Bolsonaro, em meio a investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).
"Parem com esse negócio de prisão. Parecem aqueles caras que amam viver a síndrome de Estocolmo", expressou o vereador. "Se quer ajudar, desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer. Óbvio que qualquer um sabe que já vivemos numa Venezuela, entretanto não é desse jeito que se luta. Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem", acrescentou.
Na última sexta-feira (18), o próprio ex-presidente abordou a perspectiva de enfrentar "riscos" no cenário brasileiro, embora não tenha especificado a que exatamente estava se referindo.
“Apesar dos riscos que corro em solo brasileiro, não podemos ceder porque temos que lutar por democracia e liberdade”, declarou durante um evento realizado em Goiânia.
Base aliada aflita
A apreensão entre os aliados de Bolsonaro aumentou nos últimos dias, à medida que os assuntos relacionados a um certo esquema de compra e venda ilegal de presentes de nações estrangeiras se aproximaram do ex-mandatário.
O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, confirmou ter adquirido um relógio que havia sido vendido nos Estados Unidos pelo ex-ajudante de pedidos Mauro Cid. O novo advogado de Bolsonaro, Cezar Bitencourt, anunciou na quinta-feira (17) que Cid estava disposto a admitir ter vendido joias e relógios a mando de Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a quebra do sigilo bancário do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Além disso, as chances de Bolsonaro ser indicado pela CPI dos Atos Golpistas do 8 de janeiro também cresceram. Em depoimento realizado na mesma quinta, o hacker Walter Delgatti Neto acusou o ex-presidente de ter dado aval para ele manipular um código-fonte para sustentar a alegação infundada de que as urnas eletrônicas não são seguras.
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