O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou neste sábado, 24 de agosto, a suspensão das contas em redes sociais de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB. A decisão, de caráter liminar, é provisória, e Marçal ainda pode recorrer.
ACUSAÇÃO
A suspensão foi solicitada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), da candidata Tabata Amaral, em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). A ação questiona a estratégia digital de Pablo Marçal, que teria incentivado seus seguidores a criar e distribuir “cortes” de seus vídeos em troca de remuneração, o que pode configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
INDÍCIOS DE RECURSOS ILEGAIS
Segundo a decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, há indícios de que a campanha de Pablo Marçal utilizou recursos ilegais para se promover nas eleições. O juiz determinou a suspensão dos perfis oficiais de Marçal no Instagram, YouTube, TikTok, X (antigo Twitter) e em seu site. A multa diária por descumprimento da ordem é de R$ 10 mil.
MONETIZAÇÃO DE CORTES
A ação ressalta que a estratégia de "monetizar cortes" pode gerar desequilíbrio na disputa eleitoral, favorecendo o candidato em relação aos demais concorrentes. O juiz também negou o pedido de quebra de sigilos fiscal e bancário das empresas de Marçal, solicitado pela candidata Tabata Amaral.
REDES SOCIAIS ATIVAS
Apesar da decisão, Pablo Marçal continuou ativo em suas redes sociais, pedindo a seus seguidores que o acompanhem em grupos no Telegram e WhatsApp e divulgando um "perfil reserva" no Instagram. Marçal criticou a decisão, chamando-a de "desconectada da realidade" e alegou ter sido censurado.
DECISÃO
A Justiça Eleitoral, no entanto, permite que Marçal crie novas contas para propaganda eleitoral, desde que não retome a estratégia de remuneração por "cortes" de vídeos.
Com informações da Istoé