Jovem morto em maratona, quadrilha digital: Relembre as polêmicas de Pablo Marçal

Envolvido em mais de 100 ações judiciais e investigado por falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e lavagem de dinheiro pela Polícia Federal.

Pablo Marçal se tornou multimilionário com a sua carreira de coach. Agora, tenta a Prefeitura de São Paulo. | Reprodução
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Pablo Marçal, conhecido por sua ascensão meteórica como coach, tem se tornado um nome cada vez mais forte na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Sua trajetória, marcada por sucessos financeiros e uma legião de seguidores nas redes sociais, contrasta com uma série de polêmicas que o cercam. A seguir, exploramos alguns dos principais episódios controversos que têm marcado sua carreira.

1. Incidente na Serra da Mantiqueira e 'maratona da morte'

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No início de 2022, Marçal liderou um grupo de 32 pessoas em uma expedição na Serra da Mantiqueira que terminou em desastre. Com a trupe enfrentando condições adversas de frio, chuva e neblina, o resgate pelos bombeiros foi necessário. O incidente chamou a atenção do público e gerou investigações na Polícia Civil, levantando questionamentos sobre a responsabilidade do coach no episódio.

Outro caso polêmico versa sobre a morte de Bruno Teixeira.  Pouco antes de sofrer uma parada cardíaca durante uma maratona organizada pelo grupo empresarial ligado ao coach Pablo Marçal, em Alphaville, São Paulo, o jovem de 26 anos, registrou um vídeo mencionando uma alteração inesperada na distância da corrida, que foi modificada sem o conhecimento dos participantes.

Bruno, que trabalhava prestando serviços para uma das empresas do grupo XGrow, enfrentou o desafio de correr 42 km no dia 5 de junho, após ser informado, de última hora, que a prova havia sido ampliada de 21 km para 42 km. A decisão foi tomada sem prévio aviso, surpreendendo tanto ele quanto seus colegas de trabalho.

A família do jovem busca justiça e exige uma investigação completa sobre o caso. A Polícia Civil de São Paulo já está investigando o ocorrido como "morte suspeita".

2. Tentativa Frustrada de Candidatura à Presidência 

Ainda em 2022, Marçal tentou concorrer à presidência da República, mas sua candidatura foi barrada pelo PROS, partido que preferiu apoiar o então candidato Lula. Posteriormente, Marçal conseguiu se eleger deputado federal com expressiva votação, mas teve seu registro cassado devido a irregularidades eleitorais. A combinação desses fatos provocou uma investigação na Polícia Federal, que permanece em andamento.

3. Histórico de Processos Judiciais 

O coach também carrega uma longa lista de disputas judiciais. Um levantamento revelou que Marçal e suas empresas estão envolvidos em mais de 100 ações judiciais espalhadas pelo Brasil. Esses processos envolvem desde indenizações trabalhistas até rescisões contratuais e alegações de danos morais, além de litígios que somam milhões de reais. Apesar do volume, Marçal ainda não foi condenado em nenhum desses casos.

4. Investigação Eleitoral e Suspeitas de Lavagem de Dinheiro 

Marçal enfrenta uma investigação da Polícia Federal por suspeitas de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. As suspeitas surgiram após ele fazer doações substanciais para sua própria campanha em 2022, utilizando empresas de sua propriedade para prestar serviços eleitorais. Embora a lei permita doações próprias de até 10% do patrimônio, a movimentação financeira levantou desconfiança e resultou em operações de busca e apreensão.

5. Fortuna e Empreendimentos 

A fortuna de Marçal, estimada em milhões, deriva principalmente de sua atuação como coach e empresário. Ele é sócio de diversas empresas, incluindo holdings, centros de treinamento e até um resort. O crescimento de seu império empresarial tem atraído olhares atentos, inclusive da Polícia Federal, que investiga possíveis irregularidades nas suas operações.

6. Polêmicas nas Redes Sociais e Entrada na Política 

Com mais de 11 milhões de seguidores no Instagram, Marçal tem usado sua popularidade nas redes para alavancar sua carreira política. Recentemente, seu nome começou a aparecer com mais força nas pesquisas eleitorais para a prefeitura de São Paulo, gerando preocupação entre os principais candidatos. Apesar de se manter fiel ao ideário bolsonarista, ele agora se autodenomina “marçalista” e promete ir até o final da campanha.

A ascensão de Pablo Marçal é cheia de nuances, e sua entrada no cenário político de São Paulo promete intensificar o debate nas eleições. Resta saber se suas explicações sobre os processos judiciais e as investigações em curso serão suficientes para conquistar a confiança dos eleitores da maior cidade do país.

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