Uma polêmica tomou conta do cenário político após Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), segundo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), expressar sua reprovação ao apoio dado por seu pai à filiação de Fernando Holiday ao Partido Liberal (PL). A reação negativa de Carlos veio à tona em resposta a uma reportagem que noticiou a presença do ex-presidente em um evento ocorrido em São Paulo, onde expressou apoio à filiação de Holiday.
A tensão aumentou quando bolsonaristas recuperaram vídeos antigos de Holiday, que é vereador em São Paulo, criticando Bolsonaro. Em uma dessas ocasiões, em 2020, o vereador afirmou durante uma transmissão ao vivo que "votou em Bolsonaro sabendo que ele era um jumento", referindo-se a ele e seus filhos como uma "quadrilha de quinta categoria".
Carlos chegou a comentar a questão em suas redes sociais, mas a postagem foi posteriormente removida do perfil de Holiday. Em outra publicação, o filho de Bolsonaro apontou o "oportunismo" em torno de seu pai, sem mencionar diretamente o vereador paulista.
"Agora que tornaram o presidente Jair Bolsonaro inelegível, os que passaram todos os dias dos últimos anos criticando sua gestão, hoje tentam colar seu nome com o dele para limpar sua bunda suja em sua cara! Absolutamente nada disso é por convicção mas somente oportunismo!", escreveu Carlos.
Histórico de ataques
As trocas de críticas não são novidade, uma vez que em 2020, durante uma live conduzida por Holiday, Carlos foi alvo direto de críticas, sendo chamado de "bandidinho de merd* pago com dinheiro público" pelo vereador paulista.
Na cerimônia de filiação ao PL, Holiday não abordou diretamente seus comentários passados, mas afirmou "arrepender-se amargamente de seus erros".
"Me sinto como o filho pródigo. Um filho que se arrepende amargamente de seus erros, mas que mesmo assim está voltando pra casa. Eu estava morto e voltei a viver", declarou o vereador.
Ao dar sua benção a Holiday, Bolsonaro minimizou as falas antigas do vereador, afirmando que "errou mais" do que ele. O ex-presidente admitiu ter tido posições estatizantes no passado e ressaltou que sua postura política mudou ao longo do tempo.
"Acho que errei mais que você [Holiday]. Fui vereador em virtude de uma punição excessiva que recebi. Devia ser punido, não vou negar isso. Mas foi uma punição excessiva [...] Eu era uma pessoa estatizante. Eu mudei. Não sou um liberal 100%. No meu governo, queriam privatizar a Casa da Moeda. Tem certas coisas que têm que ser nossas", disse Bolsonaro.
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