O cientista político Guilherme Casarões analisou os relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que colocam em evidência a negligência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da crise da Covid-19, o que pode agravar sua situação perante a Justiça.
Casarões destacou que os crimes imputados a Bolsonaro ganham uma dimensão mais grave, deixando de ser apenas uma questão de imperícia para se tornar uma clara negligência. O fato de ter conhecimento dos documentos e, ainda assim, optar por não tomar nenhuma ação, distancia-se da interpretação de que ele "seguia seu coração" por falta de informação.
Em entrevista, o cientista político explicou como a gestão Bolsonaro ignorou análises técnicas e se apoiou em interesses externos para tomar decisões cruciais, citando a revelação da existência de um "Ministério de Saúde paralelo" pela CPI da Covid.
Segundo Casarões, essas evidências demonstram que as decisões do ex-presidente foram construídas de fora para dentro, revelando um comportamento sistemático que resultou na tragédia da pandemia no Brasil.
Análise de Josias de Souza
O colunista Josias de Souza também avaliou a situação, afirmando que Bolsonaro agravou os crimes cometidos durante a pandemia ao ignorar os relatórios governamentais. Para Josias, os documentos reforçam que o ex-presidente tinha ciência da gravidade da situação, mas seu comportamento foi decisivo para o alto número de mortes por Covid-19 no país.
Ambos os especialistas consideram que o ex-mandatário precisa ser responsabilizado por suas ações durante a pandemia, que resultaram em graves consequências para a população brasileira. Enquanto o eleitorado já se manifestou nas urnas, eles enfatizam a necessidade de punição judicial para que a justiça seja efetivamente feita.
Além disso, Casarões também alertou que a prisão de Allan Frutuozo da Silva, um influenciador apoiador de Bolsonaro, embora o afaste do ex-presidente, continua causando estragos consideráveis, mostrando a influência e o impacto que figuras como ele podem exercer mesmo sem o respaldo oficial do governo.
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