Uma tensão tem marcado os bastidores das investigações do caso Marielle Franco, envolvendo membros do Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal. Relatos revelam um sentimento de "traição" por parte do MP em relação à atuação da PF. A insatisfação dos promotores se manifestou em uma nota divulgada na noite de quinta-feira (27), apontando duas principais frentes de descontentamento.
A primeira preocupação do MP é com a suposta exposição de informações sigilosas por parte da Polícia Federal, que teria divulgado dados de investigações ainda em andamento de maneira desleal. Além disso, o órgão se sentiu desfavorecido pela PF ao ser indiretamente implicado no relatório do caso Marielle, onde teria sido mencionada uma suposta resistência do MP à federalização da investigação.
Os diretores da PF do Rio buscaram amenizar a crise em conversas com membros do MP estadual, defendendo a complementaridade dos trabalhos das instituições e tentando justificar os termos do relatório. No entanto, a expectativa entre os promotores é que a cúpula da PF tenha uma conversa direta com o comando do Ministério Público para resolver a situação.
Enquanto isso, a Polícia Federal tem adotado uma postura de tranquilizar seus laços com outras instituições, como a Polícia Civil, destacando que não haverá perseguições após a prisão do ex-chefe da corporação do Rio, Rivaldo Barbosa, sob acusações relacionadas ao caso Marielle Franco. A crise entre MP e PF evidencia as tensões e desafios enfrentados durante a investigação desse caso emblemático.
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