O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agendou uma reunião ministerial para a próxima quarta-feira (20/12), destinada a realizar uma avaliação abrangente do desempenho do governo ao longo do ano. Com 38 ministros presentes, cada um terá o tempo de oito minutos para apresentar um balanço das atividades realizadas em 2023 e os planos para o ano seguinte. Contudo, o ponto focal será a análise do presidente sobre o trabalho de sua equipe ministerial.
Embora tenha expressado satisfação com o desempenho do governo, Lula tem expressado descontentamento em relação a determinadas pastas. Entre suas preocupações estão os ministérios que, segundo ele, não conseguiram utilizar integralmente os recursos orçamentários destinados a eles. O presidente também manifesta insatisfação com a frequência de viagens de alguns ministros, que, na sua visão, divergem das prioridades estabelecidas no início do mandato.
Visando fundamentar suas cobranças, Lula solicitou à número 2 de Rui Costa na Casa Civil, Miriam Belchior, um relatório detalhado sobre a execução do orçamento dos ministérios e as entregas realizadas por cada um.
Ministérios que mais precisaram fazer uso do orçamento
Na mira das cobranças estão os ministérios da área social, incluindo Educação e Saúde. O Ministério da Educação, por exemplo, utilizou apenas 79% do orçamento anual, enquanto o da Saúde, sob Nísia Trindade, gastou 84%. Apesar de não estarem entre os de menor execução, essas pastas são mais exigidas por serem consideradas áreas-chave pelo presidente. Lula, conforme relatos, esperava que os ministérios sociais já tivessem utilizado 100% dos recursos disponíveis até este momento.
Adicionalmente, Lula recebeu um levantamento sobre as viagens e aparições públicas de seus ministros, revelando que alguns de seus auxiliares viajaram mais para o exterior do que dentro do Brasil. A abordagem sobre esse tema na reunião ainda é incerta, mas há uma grande expectativa em Brasília quanto a uma possível reforma ministerial no início do próximo ano. A performance insatisfatória dos ministros nesta avaliação pode aumentar o risco de perda de seus cargos.
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