Mãe de Moraes compartilha fake news com acusações graves contra o filho

De acordo com os autores, o vídeo utilizava edições de imagens e declarações para acusar o ministro de perseguição política e de tomar decisões arbitrárias

Alexandre de Moraes - ministro do STF | Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Glaucia de Almeida Moraes, mãe do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi protagonista do compartilhamento de um vídeo bolsonarista contendo fake news e ataques ao seu próprio filho no ano passado. A revelação é apresentada no livro "O tribunal — como o Supremo se uniu ante a ameaça autoritária", escrito pelos jornalistas Felipe Recondo e Luiz Weber.

De acordo com os autores, o vídeo utilizava edições de imagens e declarações para acusar Moraes de perseguição política e de tomar decisões arbitrárias. Moraes reagiu imediatamente ao descobrir o compartilhamento do vídeo pela mãe, questionando se ela havia prestado atenção no conteúdo antes de enviá-lo aos amigos pelo WhatsApp. Glaucia admitiu que não tinha assistido ao vídeo até o final e interrompeu imediatamente a disseminação da fake news.

Atrito entre STF e PGR

O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico, enviou um parecer a Alexandre de Moraes, no qual manifestou sua oposição à inclusão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mesmo inquérito que investiga a apropriação de presentes de luxo recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato.

Datado de 18/10, o documento revela que Carlos Frederico, ao justificar sua posição contrária à inclusão de Lula, lançou uma alfinetada no ministro da Suprema Corte, abordando o escopo amplo e modulado de certas investigações. Ele expressou a necessidade de estabelecer filtros para petições com "claro viés político", visando evitar confusões jurídicas e incriminações baseadas em conjecturas desprovidas de elementos mínimos.

O subprocurador-geral argumentou que é crucial negar seguimento a pleitos manifestamente descabidos, otimizando os deveres funcionais dos órgãos ministeriais e jurisdicionais e mantendo o judiciário distante das divergências políticas e ideológicas durante o período eleitoral e pós-eleitoral.

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