O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, desmaiou ao ser informado sobre sua nova prisão, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, por obstrução de justiça e descumprimento de medidas cautelares. A situação exigiu a intervenção de socorristas, que prestaram assistência até sua recuperação imediata.
QUAL MOTIVO DA PRISÃO? Essa detenção ocorreu em decorrência do vazamento de áudios nos quais Mauro Cid fazia críticas à Polícia Federal e ao ministro Moraes. Antes de ser conduzido à prisão, ele foi submetido a um novo depoimento, com duração de aproximadamente 30 minutos, durante uma audiência no STF.
Conhecido por fazer parte do grupo militar denominado "kids pretos", Cid tem estado sob os holofotes desde que seu nome foi envolvido em investigações sobre a falsificação de cartões de vacinação, um caso que também inclui Bolsonaro e outros 15 indivíduos. Ele foi indiciado pela PF por crimes como falsidade ideológica de documento público e associação criminosa.
DELAÇÃO PREMIADA - Após seis meses detido em 2023, Mauro Cid fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal em setembro, o qual foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, resultando em sua libertação. No entanto, a recente prisão marca um revés significativo em sua situação legal, visto que ele enfrenta acusações de obstrução de justiça e descumprimento de medidas cautelares.
ÁUDIOS VAZADOS - Cezar Bittencourt, advogado de Mauro Cid caracterizou os áudios vazados como um "desabafo", ressaltando que Cid não questionou a integridade das instituições envolvidas nas investigações em que colaborou. A situação destaca um momento de angústia pessoal e profissional para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
“Mauro César Babosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios”, afirmou o advogado ao blog da Camila Bomfim.
Nas gravações divulgadas pela "Veja", Cid acusa Moraes, que homologou a delação dele, e agentes da PF de estarem com a "narrativa pronta" – ou seja, de irregularidades ao longo do acordo de colaboração. Segundo Cid, os investigadores "não queriam saber a verdade".
Com informações do g1