Milei faz postagem chamando Lula de 'idiota', e presidente é orientado a não responder

A postura de Milei é vista por alguns como uma estratégia para desviar a atenção dos desafios econômicos e sociais enfrentados na Argentina

Montagem mostra presidentes Lula (Brasil) e Javier Milei (Argentina) | Montagem/MeioNews
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O Palácio do Planalto demonstrou grande incômodo com a manifestação do presidente argentino Javier Milei, que fez uma série de ataques ao presidente Lula (PT) em uma publicação no X, antigo Twitter. No post de terça-feira (2), Milei referiu-se a um "perfeito dinossauro idiota" e acusou Lula de ser "preso por corrupção" e "comunista". Além disso, Milei reiterou sua versão de que a recente tentativa de golpe militar na Bolívia foi uma fraude, algo já repudiado pelo governo boliviano.

apoio de lula a Sergio Massa

A campanha "mais suja da história" mencionada por Milei refere-se à disputa presidencial do ano passado, onde Lula apoiou Sergio Massa, oponente de Milei. Assessores próximos a Lula lamentaram a postura agressiva de Milei, mas decidiram não responder de maneira provocativa nas redes sociais, para evitar dar o palanque que Milei busca. "Não podemos rebaixar o debate", afirmou uma fonte próxima ao presidente brasileiro.

Presidente argentino Javier Milei - Foto: Reprodução

No Itamaraty, alguns segmentos avaliam que Milei "acusa o golpe pelas críticas recebidas por sua maneira de conduzir a diplomacia argentina". Apesar disso, o Ministério das Relações Exteriores não planeja fazer qualquer manifestação, mas acompanhará de perto a agenda de Milei em Santa Catarina, onde ele participará de um fórum conservador. Lula, em uma entrevista recente, cobrou um pedido de desculpas de Milei ao Brasil, afirmando que o presidente argentino falou "muita bobagem".

Presidente argentino Javier Milei - Foto: Reprodução

crise socioeconômica na argentina

A postura de Milei, caracterizada por ofensas e declarações polêmicas, é vista por alguns como uma estratégia para desviar a atenção dos desafios econômicos e sociais enfrentados na Argentina - como a hiperinflação de 289,4%, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Enquanto o governo brasileiro mantém uma postura diplomática, a tensão entre os dois líderes continua a repercutir no cenário político sul-americano.

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