PF aceita acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid

A Polícia Federal aceitou o acordo de delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, que agora deverá colaborar com as investigações em troca de vantagens jurídicas

Tenente-coronel Mauro Cid | Claudio Reis
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Nesta quinta-feira (07), a Polícia Federal (PF) anunciou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou a celebrar um acordo de delação premiada com as autoridades.

De acordo com informações apuradas, Cid prestou depoimentos à PF ao longo dos últimos 20 dias. No entanto, a previsão do acordo depende do parecer do Ministério Público Federal (MPF) sobre as condições propostas. Além disso, a delação premiada só entrará em vigor após a homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o foco da delação Cid, pois ele está sob investigação em mais de um caso.

Entre as suspeitas que recai sobre o ex-ajudante de ordens, estão:

  1. Participação na tentativa de trazer ilegalmente para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presentes da Arábia Saudita;
  2. Tentativa de venda irregular de presentes oferecidos ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras durante viagens oficiais;
  3. Suposta envolvimento em uma fraude relacionada às carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente;
  4. Participação em negociações referentes a uma possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, com o objetivo de desacreditar o sistema judiciário brasileiro;
  5. Envolvimento em discussão sobre um possível golpe de Estado.

Em 28 de agosto, o militar prestou depoimento por mais de 10 horas na sede da Polícia Federal em Brasília, no âmbito da investigação sobre a invasão do sistema do CNJ pelo hacker Walter Delgatti Neto, com o propósito de prejudicar a imagem do sistema judiciário do país. Nessa época, as negociações para o acordo de delação já estavam em andamento.

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