O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem gerado desconforto no dia a dia do Partido Liberal (PL), que o considera responsável por atritos desnecessários, como sua tentativa de pressionar a legenda a votar contra a reforma tributária, no Senado. No entanto, mesmo assim, ele continua sendo visto como uma valiosa ferramenta eleitoral pelo partido.
Na visão dos dirigentes do PL, o ex-presidente se encontra em uma situação ideal para a legenda: politicamente enfraquecido devido à sua inelegibilidade, o que o torna mais dependente do partido, mas com uma força eleitoral considerável. A avaliação é que, como cabo eleitoral, ele funcionará como uma mina de votos nas próximas eleições.
A derrota política sofrida por Bolsonaro na semana passada, ao tentar se opor ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reforma tributária, teria consolidado sua fragilidade política, mas não afetou sua capacidade de mobilizar eleitores.
Devido à expectativa de receber apoio do ex-presidente em suas campanhas municipais, diversos prefeitos de todo o Brasil estão se filiando ao PL.
Segundo a liderança do partido, comandado por Valdemar Costa Neto, a legenda poderá eleger cerca de mil prefeitos em 2024. Com essa base, espera-se obter entre 120 e 130 deputados federais em 2026, aumentando significativamente sua participação no fundo partidário, que sustenta os partidos políticos no Brasil. Nas eleições de 2022, o PL conquistou 99 parlamentares.
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