O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se encontraram, nesta quarta-feira (21), no Palácio do Planalto para discutir questões bilaterais e, principalmente, as divergências em relação ao conflito na Faixa de Gaza.
O encontro, que durou uma hora e 50 minutos, abordou temas como a proposta de aceleração de empregos nos dois países. No entanto, o ponto central foi a posição dos Estados Unidos em relação ao conflito israelo-palestino. Apesar da boa relação com o presidente norte-americano, Joe Biden, Lula tem criticado a postura dos EUA no Conselho de Segurança da ONU, onde vetaram pela terceira vez uma proposta de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas.
"Foi uma ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo. Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos, estamos trabalhando bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos pela amizade", afirmou Antony Blinken, após encontro com Lula.
Lados divergentes do conflito
Os lados opostos do conflito ficaram evidentes nas ações recentes de ambos os países. Enquanto os Estados Unidos vetaram a proposta de cessar-fogo na ONU, o Brasil, desde o início da guerra, tem defendido essa medida no Conselho de Segurança. Além disso, os Estados Unidos são o principal apoiador internacional de Israel, fornecendo financiamento militar ao país.
A fala de Lula que comparou os ataques israelenses ao Holocausto também gerou reações por parte dos EUA. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que o governo norte-americano "obviamente" discorda da declaração.
Esta visita oficial de Antony Blinken ao Brasil ocorre no contexto das reuniões do G20 no Rio de Janeiro. Lula tem planos de participar do evento na sexta-feira (23), que está sendo presidido pelo Brasil.
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