No último domingo (3), Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência pelo PDT, foi protagonista de uma polêmica ao agredir um homem durante um show de samba em Fortaleza (CE). O incidente ocorreu após o político ser chamado de "bandido" pelo músico Tiê Rocha, de 30 anos. O vídeo que registra o ataque viralizou nas redes sociais na segunda-feira (4).
Tiê Rocha, músico e morador de Fortaleza, identifica-se como homem trans e descreve-se como "sertanejo, juremeiro, ativista lesbotransfeminista, ambientalista e antirracista". Integrante de três grupos musicais, incluindo o Tambores de Safo, Batuque de Odê e o Bloco cola-velcro, o músico participa do carnaval cearense desde 2013.
Apesar de não possuir filiação partidária, Tiê Rocha é conhecido por seu engajamento em pautas raciais e, após o episódio, chamou o estado do Ceará de "território quilombola", referindo-se a Ciro como "coronel" e "latifundiário". O músico afirmou que não planeja candidatar-se nas eleições de 2024, mas apoia nomes afroindígenas e da comunidade LGBTQIA+.
Em suas declarações após o incidente, Tiê Rocha destacou: "O tempo dos brancos já era. Somos nós no poder ou não será. Apanho na cara com orgulho para defender o que é nosso e não faço isso para me eleger. Nós temos um projeto de nação".
Fotos do músico utilizando um boné em apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), adversário de Ciro nas últimas eleições, foram divulgadas. Lula venceu o ex-governador nas eleições.
Relembre o caso
Relembrando o vídeo do incidente, Ciro Gomes reagiu com um tapa após ser provocado por Tiê Rocha, que o questionou sobre corrupção. A filmagem não capturou o momento exato do tapa devido à movimentação do celular. Ciro afirmou ter revidado o tapa e, posteriormente, questionou Tiê sobre racismo, deixando o local em seguida. O político estava acompanhado do prefeito da cidade, José Sarto. O incidente tem gerado intensa discussão nas redes sociais e entre apoiadores e críticos de Ciro Gomes.
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