No feriado de Nossa Senhora Aparecida, grupos de esquerda se reuniram na região Oeste de Belo Horizonte para o ato "Varrendo o Satanás para fora do Cabana". A manifestação fazia referência à recente visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao bairro, onde participou de um culto na Comunidade Evangélica Graça e Paz, na última sexta-feira (6).
Equipados com desinfetantes e vassouras, os participantes buscavam, de maneira simbólica, limpar as ruas por onde Bolsonaro passou. O evento, que ocorreu pela manhã, foi descrito como festivo e sem incidentes pelo deputado federal Rogério Correia (PT), pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte, que esteve presente.
O ato, intitulado "Varrendo o Satanás", teve como mote a passagem do ex-presidente pelo Bairro Cabana, e os manifestantes aproveitaram a ocasião para discutir temas como a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro e os programas governamentais "Minha Casa, Minha Vida" e Desenrola.
Rogério Correia aproveitou a oportunidade para informar sobre o andamento da CPMI, anunciando que Bolsonaro seria indiciado e o indiciamento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O protesto contou com um trio elétrico e momentos de descontração, com o público entoando canções brasileiras conhecidas. Entre os presentes estavam membros do Coletivo Alvorada, Coletivo Flores e Luta, Bloco de Luta Sou Vermelha e Associação de Moradores do Aglomerado Cabana.
Na semana anterior, durante a visita de Bolsonaro ao mesmo bairro, o Coletivo Alvorada espalhou faixas de protesto em viadutos e passarelas da cidade, utilizando termos como "Bolsonaro genocida e fascista" e "Bolsonaro Satanás".
Em contrapartida, na ocasião, manifestantes bolsonaristas se dirigiram à Comunidade Evangélica para demonstrar apoio ao ex-presidente, resultando em momentos de tensão entre os grupos opostos.
O Coletivo Alvorada, fundado em 2016, é financiado pela militância por meio de vaquinhas e caracteriza suas ações como suprapartidárias e em defesa da democracia. Essa não é a primeira vez que o grupo realiza ações desse tipo em resposta às visitas de Bolsonaro, demonstrando um histórico de ativismo político na cidade.
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